Israel - Tel-Aviv & Jerusalém

Não estava muito nos meus planos ir para Israel, na verdade eu queria ter ido ver as pirâmides do Egito, mas bem nos dias que estava por perto fecharam os aeroportos por conta do "golpe de estado" que estava rolando e não consegui comprar  as passagens.
Então um dia acordei em Istambul e pensei qual lugar mais interessante, em conta e próximo dali... achei Israel.
Lá fui eu ser interrogado, pela primeira de umas dez vezes, assim que pisei fora do avião. A mulher falava português, o que achei que seria bom, mas não curtiram muito eu ser latino, ter passado pelo Marrocos e Turquia, que para eles é considerada a rota das drogas. Então depois de esperar mais de uma hora, sumiram com meu passaporte, apareceram com a minha mochila e me levara para "a salinha".  Aí é a hora que você fica bolado; ou vão me bater ou vão querer grana, essas coisas que brasileiro é acostumado a pensar... mas nunca devi nada pra ninguém em nenhum lugar desse mundo, fui de boa e respondi tudo que foi perguntado, reviraram minha mochila com a certeza de que achariam alguma coisa, mas nada!

Já era tarde, então esperei/dormi no aeroporto até amanhecer e fui para o hostel.
Do hostel em Tel-Aviv, fui aproveitar a praia entre gatinhas de biquíni e mulheres de burca, de burca na água!!  Tomei um sorvete em frente a embaixada americana esperando alguém aparecer atirando ou que algo fosse explodir, essas coisas que a gente pensa que deve acontecer quase todo dia por essas bandas. Como não aconteceu nada continuei andando pela cidade. TelAviv é uma cidade moderna, tem até uma rua com vários comércios "gay friendly" com bandeirinha na porta e tudo, um grande centro, prédios novos brotando em todos os cantos e uma ponta com construções antigas, mantidas principalmente para os turistas, eu acho.
No outro dia fui para Jerusalém, andei por onde Jesus deu seu último rolê, fiquei uns bons minutos sozinho onde ele ficou preso (é a foto tipo uma caverna, mas não é caverna, é o subsolo de uma casa) e comi o melhor peixe frito da vida, no Mercado Mahane Yehuda (tipo um mercado municipal daqui), perto da Cidade Antiga... cidade antiga mas em volta tem bondinho bem modernoso.  
 
Por falta de planejamento, não consegui ir para Gaza, mesmo sendo perto (descobri só depois, isso e outras coisas, nos quadrinhos do Joe Sacco) e a galera lá nem quer que você vá, querem esconder o que fazem com o povo de lá. Como sou "Palestina Livre", um dia vou ter que voltar.

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Mais fotos aqui ;)

Istambul - Riot!

Como dito no post passado, hoje tem fotos das manifestações que vi em Istambul. Os turcos (sabidamente) curtem protestar e tem aquela vibe guerreira.
Nos poucos dias que estive lá teve protesto de mulheres contra violência e abusos sofridos por elas, um que não entendi sobre  o que era, parada gay e o principal protesto que foi contra a ação violenta da polícia em um protesto anterior contra a destruição do Parque Gezi... esse, "por acaso", acabou de forma violenta com direito a gente presa, machucada, bala de borracha, máscara de Guy Fawkes e gás lacrimogêneo (que pela primeira vez pude ~experimentar~).

Particularmente esse tipo de manifestação me atrai muito, tanto que abreviei alguns passeios para acompanhar o povo e registrar um pouco.
Você sai do fotojornalismo, mas o fotojornalismo não sai de você ... nem nas férias.

Só para deixar registrado um dos momentos mais bonitos.
Durante a "Parada Gay", que reuniu milhares de pessoas(muita gente mesmo), enquanto os participantes ocupavam e andavam pelo centro do calçadão da Rua Istiklal, a grande maioria das pessoas ao redor paravam o que estavam fazendo e saiam das lojas para aplaudir como uma forma de apoio.
 
Teve muita coisa mais, mas encerro aqui a passagem por essas bandas e fico com  a experiência guardada na mochila que carrego na vida.

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    Teve vídeo da principal manifestação (muito mal editado, editei lá ainda,  no hostel, numa noite que fiquei de molho morrendo de dor na perna), legal para ouvir as "palavras de ordem"

    Tem mais umas fotos aqui!

    Chernobyl

    Desde que descobri que era possível conhecer Chernobyl, essa ideia nunca mais saiu da minha cabeça. Admito que tenho gostos estranhos para algumas cosias. Foram anos de espera até de repente estar lá dando um rolê e pegando uma radiação.

    Estar em Chernobyl é como estar em um cenário de filme, às vezes de terror. O mais legal é ver como o mundo seria sem a presença do homem, é uma cidade fantasma... quase literalmente.
    Casas de madeira apodrecendo e caindo, prédios ruindo, o mato tomando conta dos espaços, os objetos abandonados na correria de quem fugiu sem olhar para trás, tudo ajuda a deixar um clima tenso como a própria história.
    Não se sente e nem se vê a radiação, mas o Contador Geiger, da guia, apita sem parar e lembra, uma das principais recomendações, que é melhor não encostar em nada para não ter perigo de se contaminar e ter que ficar lá mais um tempo cumprindo o protocolo de descontaminação.
    No começo tudo te deixa apreensivo, seja um mosquito que entra na van e você fica com medo de ser picado (sem saber se vai ganhar grandes poderes e grandes responsabilidades, melhor não arriscar), passar todo encolhido nos lugares para não encostar no mato, lutar contra a vontade de pegar as coisas com a mão, usar casaco e capuz mesmo com um baita sol, até o passar dos minutos perto do sarcófago do Reator 4 te deixa um pouco pilhado, mas tudo isso também é o que te deixa excitado com o lugar.

    Para fechar, uma história de uma das cenas mais bonitas que vi na vida e que não tem foto. No final do dia, na volta, quase todo mundo dormindo na van, de repente uma desaceleração brusca e a guia fala para todos olharem para a esquerda. Acordo meio perdido com a freada e vejo um "bando" de cavalos selvagens, todos dourados pela luz do final de tarde, eram uns 7 ou 8, terminando de atravessar a estrada e sumindo numa entrada do mato.

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    Mais algumas fotos aqui.